Entre mamíferos, a velha máxima "você é o que você come" muitas vezes precisa de um adendo: "Seu filho é o que você come". Indícios desse fato estão num estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que alimentaram ratas grávidas com uma dieta rica em gordura trans. O resultado? Filhotes com grande proporção de gordura no corpo e tendência a desenvolver uma série de problemas cardiovasculares.
"Nos experimentos, utilizamos uma dieta rica em gordura vegetal hidrogenada, que contém muitos ácidos graxos trans", explicou que a primeira autora do estudo, Luciana Pisani, do Departamento de Fisiologia da Unifesp. Embora a indústria esteja substituindo esse tipo de gordura nos alimentos, justamente por causa dos riscos aumentados à saúde, alimentos como margarina, bolachas recheadas, hambúrgueres e milk-shakes ainda podem contê-la.
Nesse tipo de pesquisa, o chamado grupo controle é tudo -- ou seja, o uso de um subconjunto de animais que recebem dieta normal ao longo de seu desenvolvimento e são comparados a um subconjunto igual de roedores que se alimenta de um cardápio enriquecido com gordura trans. Para observar os efeitos da dieta em detalhes, os pesquisadores utilizaram diversas combinações de grupos, nos quais, por exemplo, as mães recebiam gordura trans enquanto os filhotes tinham uma dieta normal, e vice-versa.
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