quarta-feira, 16 de abril de 2008
Seqüestrador de Ingrid se desculpa com a frança
Seis anos depois, Nolberto Uni lembra claramente o dia em que seqüestrou a ex-candidata à Presidência colombiana Ingrid Betancourt. Foi em 23 de fevereiro de 2002, e a refém das Forças Armadas evolucionárias da Colômbia (Farc) estava viajando num jipe durante sua campanha. Uni, então guerrilheiro das Farc, estava entre uma equipe em um posto de controle na estrada vazia. "A ordem era para deter todos os políticos da estrutura nacional", disse o ex-guerrilheiro, numa prisão de segurança máxima que hoje ele chama de casa. Ingrid, uma das parlamentares mais conhecidas na Colômbia, passou por "uma coincidência."
Enquanto o mundo se empenha na libertação da refém franco-colombiana, que acredita-se sofrer de malária, depressão e outras doenças, Uni diz que se arrepende de seu papel no seqüestrou. "Eu realmente sinto remorso", disse. "A família, sua mãe, seu filho, seu marido... muitas pessoas estão sofrendo." O remorso o levou a escrever uma carta a mão para o presidente francês Nicolas Sarkozy, na qual pede desculpas e detalha os motivos que o levaram a abandonar as Farc em 2003, sob grande risco de vida. Os rebeldes mantém Ingrid e outros reféns importantes, incluindo três funcionários americanos.
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