Cerca de 200 manifestantes pró-Tibete atiraram ovos e tomates na embaixada chinesa em Londres nesta segunda-feira, 17, durante um protesto em suporte aos tibetanos envolvidos nos recentes conflitos no país. Os manifestantes se reuniram na estrada para a embaixada para fazer um minuto de silêncio às 16 horas - no horário local -, a hora limite imposta pela China para os 'agitadores' se entregarem às autoridades.
"Nós só queremos bater na porta (de embaixada) e dizer que estamos aqui", afirmou um dos manifestantes. Uma mulher ficou ferida durante o protesto. "A China está literalmente matando os tibetanos. Nós não podemos sentar aqui e não fazer nada", disse Phurbu Rinzin, de 25 anos, um dos seis estudantes que iniciaram uma greve de fome de 24 horas durante o protesto.
O vice-presidente do Parlamento Europeu, Edward McMillan-Scott, e um membro do Parlamento, Norman Baker, prometeram apoiar o protesto. "Nós estamos fora da embaixada chinesa, aquele prédio que representa um Estado do terror", disse McMillan-Scott aos manifestantes.
"Eu acredito que todos os políticos conscientes dos 27 países da União Européia devam endossar a condenção do que está acontecendo hoje no Tibete", declarou o parlamentar. "Nós devemos iniciar um sério protesto para discutir um boicote aos Jogos Olímpicos", acrescentou.
Na França, a Polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 500 pessoas num protesto em prol do Tibete em frente a embaixada chinesa em Paris. Em Nova York, manifestantes atiraram pedras em escritórios próximos ao consulado chinês. Um porta-voz do Ministro das Relações Exteriores da China declarou que condena os ataques às embaixadas pelo mundo, classificando os atos como uma séria ameaça a segurança.
Desde o dia 10 de março, data escolhida para marcar o 49.º aniversário de uma revolta contra o domínio chinês na região, ocorrem no mundo todo protestos diários em defesa do Tibete. Segundo a BBC, os protestos de tibetanos entraram em sua segunda semana e se espalharam para províncias próximas da região do Himalaia, incluindo Gansu, Qinghai e Sichuan.
Nesta segunda-feira, diplomatas afirmaram que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aparentemente manterá silêncio sobre os confrontos entre manifestantes tibetanos e a polícia chinesa, por acreditar que uma possível agressão a Pequim não ajudaria na solução do conflito.
Mais cedo, o governador da região ocupada pela China anunciou que pelo menos 16 pessoas teriam morrido nos confrontos em Lhasa, capital da província, enquanto o governo tibetano exilado na Índia diz que centenas já morreram. Os protestos já chegaram à capital e mobilizaram 40 estudantes.
segunda-feira, 17 de março de 2008
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