Pesquisadores australianos disseram que as ossadas de um hominídeo pré-histórico descobertas em 2004, na Indonésia, não se tratam de fósseis de uma nova espécie, como se chegou a acreditar, mas de homens "com severa deficiência de iodo".
A descoberta dos fósseis numa caverna da ilha de Flores causou um alvoroço no meio científico diante das suspeitas de que as criaturas, que teriam vivido há cerca de 18 mil anos, poderiam ser representantes de uma espécie desconhecida, com características semelhantes as do Homo erectus, ancestral do Homo sapiens.
Em estudo publicado na revista "Proceedings of the Royal Society", os especialistas afirmam que recentes comparações com ossos do homem moderno sugerem que a pequena estatura e as feições peculiares dos hominídeos, apelidados de "hobbit" por causa de sua semelhança com os personagens homônimos de O Senhor dos Anéis, seriam atribuídas a uma condição de saúde relacionada à falta de iodo.
A espécie foi batizada de Homo floresiensis. Eles tinham cerca de um metro de altura, 25 quilos de peso e um crânio extremamente pequeno. De acordo com o novo estudo, coordenado pelo pesquisador da Universidade de Melbourne Peter Oberndorf, as criaturas sofriam de cretinismo, uma deficiência mental provocada pela ausência da tiroxina, um dos hormônios da tireóide responsáveis pelo amadurecimento cerebral.
"O cretinismo pode provocar características físicas muito similares às das criaturas encontradas na ilha de Flores", disse Obendorf.
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